por Geoberto Espírito Santo
GES Consultoria, Engenharia e Serviços
Já enfrentei dois racionamentos de energia elétrica e espero que o terceiro não aconteça. Praticamente descartado neste ano, em função de uma pequena melhora nas afluências em outubro e pela retração da economia, razões pelas quais o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) até suspendeu o programa de Redução Voluntária de Demanda (RVD), que foi endereçado a um corte de carga nas indústrias. Entretanto, vamos continuar atentos nas afluências do período úmido, de novembro/21 a abril/22, para uma avaliação mais embasada sobre o que poderá acontecer em 2022.
Em 1987/1988 um racionamento no Nordeste, por chuvas insuficientes para recompor os reservatórios e, pela inexistência de linhas de transmissão, não era possível receber energia de outros subsistemas. Outro em 2001/2002, quando não havia potência suficiente para sustentar o consumo na hora da ponta do sistema brasileiro. Em 2021, muito se tem dito que é a pior seca de uma série histórica de 91 anos de registro, mas essa realidade cabe nos níveis dos reservatórios da Região Sudeste/Centro-Oeste, mais precisamente na Região Hidrográfica do Paraná, onde está localizado 70% do nosso armazenamento para atender ao maior mercado consumidor brasileiro. Em 2014 tivemos um problema de racionamento de água em São Paulo, mas não chegou a afetar o regular desempenho do SIN (Sistema Interligado Nacional).