
Vocês me perdoem o tema, mas vão acabar por entender. Neste 17 de setembro foi meu aniversário. 82 anos de uma vida bem vivida, saudável, agradável, intensa como acho que deve ser a vida de todos. Uma vida sem ódios, sem rancores com muito amor pra dividir, com muita experiência para passar adiante, mas, sobretudo com aquelas pitadas de aprendizado, aprendendo e estudando sempre pra não ficar pra trás. Trabalhando ininterruptamente nos últimos sessenta e quatro anos, acompanhando fases históricas de nosso Brasil, fazendo publicidade, jornalismo, rádio, televisão, entrevistando os assuntos internacionais e nacionais no Brasil e no exterior, mas sempre ativando os neurônios, fator preponderante para a mente fresca e aberta que tenho e que, se Deus assim o permitir, terei para o que me restar de vida, que espero ainda longa.
Tudo isso foi para dizer o quanto defendo a proteção do idoso que não pode ser chamado de velho se ele próprio admitir, como eu, que a vida foi feita para ser vivida em toda a sua plenitude e que a idade contribui e muito para uma experiência capaz de transformar vidas, de discutir possibilidades, de fazer a união de passado com o presente para a construção de futuro melhor.Tudo isso foi para reafirmar e principalmente às autoridades desse país que a renovação de pessoas, de costumes, de trabalho é absolutamente sadia, mas ainda mais sadia será a aproximação de duas ou mais gerações sem a imposição de uma sobre a outra, mas numa salutar troca de experiências exemplificativas com a modernidade delas próprias. “Uma idéia nova não existe. O que existe é uma nova conjugação de velhos elementos” e é por aí que os velhos e os novos se coexistem, se aproveitam e criam melhores perspectivas para a vida no mundo.
Aos novos, olhar para frente e buscar no atrás mais uma somatória para os bons caminhos. Aos idosos, olhar para frente com a perspectiva dos novos para que juntos, sem pieguices, ordenada e inovadoramente possam abrir os caminhos de uma sempre e constante nova era.