“Ouvidor Geral” para o jornal Primeira Edição de 21-09-2020 – Geraldo Câmara
QUEM DISSE QUE SOU VELHO?
Vocês me perdoem o tema, mas vão acabar por entender. No último 17 de setembro foi meu aniversário. 82 anos de uma vida bem vivida, saudável, agradável, intensa como acho que deve ser a vida de todos. Uma vida sem ódios, sem rancores com muito amor pra dividir, com muita experiência para passar adiante, mas, sobretudo com aquelas pitadas de aprendizado, aprendendo e estudando sempre pra não ficar pra trás. Trabalhando ininterruptamente nos últimos sessenta e quatro anos, acompanhando fases históricas de nosso Brasil, fazendo publicidade, jornalismo, rádio, televisão, entrevistando os assuntos internacionais e nacionais no Brasil e no exterior, mas sempre ativando os neurônios, fator preponderante para a mente fresca e aberta que tenho e que, se Deus assim o permitir, terei para o que me restar de vida, que espero ainda longa. Tudo isso foi para dizer o quanto defendo a proteção do idoso que não pode ser chamado de velho se ele próprio admitir, como eu, que a vida foi feita para ser vivida em toda a sua plenitude e que a idade contribui e muito para uma experiência capaz de transformar vidas, de discutir possibilidades, de fazer a união de passado com o presente para a construção de futuro melhor.Tudo isso foi para reafirmar e principalmente às autoridades desse país que a renovação de pessoas, de costumes, de trabalho é absolutamente sadia, mas ainda mais sadia será a aproximação de duas ou mais gerações sem a imposição de uma sobre a outra, mas numa salutar troca de experiências exemplificativas com a modernidade delas próprias. “Uma idéia nova não existe. O que existe é uma nova conjugação de velhos elementos” e é por aí que os velhos e os novos se coexistem, se aproveitam e criam melhores perspectivas para a vida no mundo. Aos novos, olhar para frente e buscar no atrás mais uma somatória para os bons caminhos. Aos idosos, olhar para frente com a perspectiva dos novos para que juntos, sem pieguices, ordenada e inovadoramente possam abrir os caminhos de uma sempre e constante nova era.
- Este artigo foi publicado originalmente no jornal Tribuna Independente e reprisado aqui e nas Redes Sociais a pedidos.
DESTACÔMETRO

O destaque vai para este cara que já foi prefeito de Maceió por duas vezes e que parece estar se perguntando: “Ser ou não ser” de novo? De qualquer forma, sendo ou não sendo merece o nosso destaque. Cícero Almeida.
PÍLULAS DO OUVIDOR
A repetição deste artigo principal que rodou também pelas Redes Sociais se deve a sua enorme repercussão, com as pessoas ligando as coisas nessa epidemia e verificando que os idosos estão aqui para serem úteis e não para móveis e utensílios.
A propósito do tema, a promotora Marluce Falcão que é altamente persistente em defender os idosos sob todos os aspectos, incluindo os jurídicos, merece todo o respeito dos idosos até por ter entendido que a causa é boa e proveitosa.
Temos tido notícias de que os assaltos estão aumentando nas grandes cidades de maneira assustadora. Infelizmente, até porque essa não é a solução para os apertos financeiros provocados pela pandemia e o desemprego também em massa.
No entanto é preciso que a sociedade produtiva esteja atenta para que o mais rápido possível consiga minorar os efeitos financeiros da crise e possa voltar à empregabilidade com mais afinco.
Essa questão do atendimento do INSS vai deixar marcas profundas em quem está precisando dos seus serviços. Falta de planejamento ou sei lá de que, mas o povo, sobretudo os doentes e idosos precisam ser mais bem assistidos.
O uso da máscara tem provocado também muita confusão quando as lojas e outros estabelecimentos exigem e encontram pessoas teimosas e recalcitrantes. Já houveram casos de violência por parte dos “desmascarados”.
Esse insistente povo à parte que insiste em não tomar cuidados contra a Covid19 não consegue também entender que o problema não é só dele, mas de toda a comunidade que ele freqüenta.
Começou em larga escala o abuso do comércio, sobretudo o de alimentos. Os preços estão subindo como se estivéssemos em época de inflação. Os supermercados sobem tudo todo o dia. Daqui a pouco vão voltar as famosas maquinetas remarcadoras de preços.
Então, fica a pergunta: Onde está o governo que não está de olhos atentos para isso. O poder de compra das pessoas, principalmente das mais necessitadas está diminuindo assustadoramente. É bom ver antes que vire moda.

A Cruz Vermelha Alagoas tem uma nova vice-presidente, Helenice Moraes (foto). Advogada, Doutora em direito pela PUC RS, vários pós e a graduação pela UFAL. Helenice está dando tudo de si pela boa causa daquela instituição.
ABRAÇOS IMPRESSOS

Meus abraços impressos vão para um homem de bem, advogado, mas sobretudo o maratonista de Alagoas. O negócio é correr e nessa pandemia, Djalma Melo está correndo 10 km em 1 hora. E diz que vai baixar o tempo. Gente boa demais que deu show no Bartpapo, último sábado.