NEM SEMPRE O POVO DEVE PAGAR
Aumento de passagens, uma novela que todo o ano se repete e que deve afligir tanto a população quanto o dono da caneta que se vê acossado para conceder o aumento. No momento a discussão é grande e o prefeito colocou pé firme dizendo que não concede, uma vez que as empresas estão em débito com a sociedade por não terem feito o dever de casa apresentando transportes à altura. Certo ele.
Vejam, por exemplo, o caso da Veleiro, uma lastimável empresa de ônibus, absolutamente irresponsável e que apresenta o que há de pior em manutenção provocando acidentes dos mais tolos aos mais graves, com assentos estragados e soltos, pisos enferrujados e outras coisas mais, tudo detectado pelas vistorias feitas pelas instituição responsável. No entanto o TCE-AL através de seu conselheiro Rodrigo Cavalcante detectou que a prefeitura não repassava o subsídio previsto por lei, o que impedia a empresa de fazer frente à manutenção.
Em vários outros casos também, o prefeito deveria colocar o dedo até no seu próprio nariz quando existem ruas enlameadas, repletas de buracos, com água jorrando sem possibilidade de saneamento e, portanto não prestando o serviço que devia. E, quando digo no próprio nariz é porque deveria haver um sistema compensatório, talvez através do IPTU, uma espécie de multa ao avesso em que a prefeitura fosse a multada e não o contribuinte. Se um carro quebra porque cai em um bueiro, de quem é a culpa? Do motorista? Ou do descaso com que o povo é tratado?
Os leitores podem estar dizendo que soluções existem através de meios judiciais e que são cabíveis para fazer frente aos prejuízos, no entanto essa mesma justiça é lenta e cara. O que eu acho é que automaticamente deveria haver um sistema de reciprocidade. Se o cidadão é penalizado por ter cometido uma infração, porque não se pode encontrar um sistema de “mea culpa” que penalize também os responsáveis pelas dores de cabeça de toda uma população? Automaticamente, insisto. Porque nossas multas são automaticamente registradas e sempre chegam aos nossos domicílios e aos nossos bolsos.
É possível que com um sistema desses, utópico por enquanto, os gestores tenham mais responsabilidade para conduzirem os destinos de cidades e estados visando a boa convivência com o povo que os elege.
ALERTAS DO DIA
• Vamos fazer justiça com o que se pode e se deve. A atitude do governo federal em criar o Conselho da Amazônia e por conseqüência a Força Ambiental é acertada e absolutamente providencial no momento em que o mundo discute os problemas da própria Amazônia.
• O caso da cervejaria que teve seus produtos contaminados e agora em estudos para determinação da causa tenho certeza de que não foi provocado pela empresa. Ou sabotagem ou acidente. Esperem pra ver.
• Perda de tempo e de dinheiro o processo de “impeachment” contra o presidente Trump. Quando passou na Câmara já se sabia que não passaria no Senado a não ser que houvesse uma enorme traição em massa. Portanto…
PARE PRA PENSAR
Desistir sem esforço é a pior atitude. Insistir com os pés no chão é saber chegar lá.