Não estamos tentando voltar no tempo e no passado buscando os famosos trabalhos forçados das épocas medievais e até mais próximas que colocavam os presos a quebrar pedras, humilhantemente sentenciados. O que buscamos, isto sim, é levantar uma questão humanitária que longe de ser um privilégio para os presos talvez se tornasse em instrumento de proteção à sociedade e até mesmo de combate à criminalidade começando pelos condenados.
No nosso entendimento, programas mais profundos de ressocialização podem ser adotados fazendo com que o velho ditado “cabeça vazia, casa do diabo” não seja uma tônica nos presídios e ou nas casas de custódia. Se o preso, devidamente catalogado, avaliando-se suas melhores habilidades ou mesmo dando a ele a oportunidade de capacitação e qualificação durante seu tempo de pena, o que certamente o ajudaria na volta à sociedade, tivesse a oportunidade de encontrar em si coisas e habilitações que nem ele próprio conhecesse, sem dúvida estaríamos exercendo a verdadeira cidadania para com os chamados párias.
No entanto, sabemos que nem tudo são flores e que nem todos os objetivos podem ser atingidos, mas é preciso tentar, implantar a educação, criar escolas presidiárias, formar mais empresas conveniadas com os presídios, como já existem e abrir um campo de conhecimento e de trabalho que até estaria protegendo as famílias dos detentos.
Claro que existem muitos que já têm profissão, até mesmo cursos superiores e esses podem ajudar em muito em programas dessa categoria. O fato é que a velha imagem do quebrar pedras pode ser substituída por projetos fantásticos em prol do preso, de suas famílias e da sociedade como um todo.
E, quem sabe, bem mais barato do que permiti-los criminosos para sempre.