“Ouvidor Geral” para o jornal Primeira Edição de 22-02-2021 – Geraldo Câmara
QUE ECONOMISTA É ESSE?
Até os mais leigos sabem que o preço dos combustíveis influencia diretamente no aumento dos preços quase que de maneira generalizada. Que o Brasil, infelizmente é um país que não optou pelo transporte ferroviário, muito menos pelo fluvial e que, desgraçadamente utiliza as estradas, que também não são boas, para o escoamento de uma produção importantíssima para o seu próprio equilíbrio fiscal. No entanto, os “experts” estão aí submissos – assim o dizem – a uma política de preços internacional que envolve o balançar do dólar e os preços dos barris de petróleo no mercado externo fazendo com que a ciranda de preços dos combustíveis no Brasil seja uma indesejada realidade. Ora, até aí, tudo bem, quer dizer, tudo bem não! Mas permitir que uma gasolina, por exemplo, suba seus preços em dois meses em até 37 por cento, prometendo não parar por aí porque o governo diz que não pode fazer nada em se tratando de Petrobrás, me parece uma grande falácia. O economista de plantão deve saber que pode emergencialmente mexer nos impostos federais e também convencer governadores da necessidade, também emergencial, de abrirem mão de parte dos incríveis ICMSs que sufocam os consumidores de todos os níveis. Também sei que mexer em impostos não é o mais correto mas, o que fazer então? Por outro lado, que política é essa que, em função dos problemas internacionais também provoca o aumento dos preços do nosso nacionalíssimo etanol ? Porque, enquanto acompanhamos para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha os preços dos barris lá fora, o álcool sai acompanhando no varejo os preços finais daqueles produtos. A propósito de que, senhor economista Paulo Guedes? O povo brasileiro quer entender.
DESTACÔMETRO

Os abraços impressos e especiais vão para o amigo Marcos (Tchola) Rodrigues, o grande radialista, agora investido nas funções de Diretor de Comunicação da Câmara de Vereadores de Maceió. Grande jogada, Galbinha!
PÍLULAS DO OUVIDOR
E em meio à loucura pandêmica ainda temos que lidar com outro tipo de louco como está sendo o caso do deputado Daniel “Sei lá”, um baixíssimo clero que resolveu aparecer pregando o fim do STF e a volta do AI5.
Será que ele imaginou que poderia enfrentar as instituições, que poderia rasgar a constituição e ficar impune sem nenhuma reação, quer das autoridades quer do povo brasileiro? Realmente só sendo louco.
Ou pau mandado de alguém que continua querendo ver o circo pegar fogo porque quanto maior a confusão mais se esconde a seriedade que deveria existir na administração pública brasileira. Ou seja: a pilantragem avança.
Mas não só o STF como a casa do cretino mostraram suas forças. Na Câmara submetida ao plenário a prisão do meliante-deputado foi mantida com uma votação bem clara de 364 a 105 votos. Toma!!!
Existem grandes diferenças entre as políticas exercidas no antigamente e nas de hoje. As diferenças existiam, claro, mas as discussões eram mantidas em um certo nível de elegância. Hoje, nada interessa a não ser o pessoal. O resto é resto.
Começam a aparecer os “lockouts” de novo por todo o país. Até por uma necessidade de não expor a população a maiores riscos de contaminação pelo coronavirus e suas variantes. Acabam com a economia, mas preservam as vidas.
Na verdade tudo isto está acontecendo por dois fatores: O primeiro e principal é a falta de educação de parte da sociedade que insiste em não cumprir as regras de distanciamento. A segunda é a estúpida falta de planejamento na vacinação.
O governo federal está perdido. Ora é para segurar a segunda dose e agora já é para usar a segunda dose baseado em promessas artificiais como tem se visto até agora no Plano Nacional de Vacinação.
Desde o princípio venho afirmando que o grande problema estaria na falta de vacinas e na falta de logística adequada. Não deu outra. Se correr o bicho pega e se parar o bicho come. Nunca vi tanta falta de responsabilidade.

Por onde anda esse incrível profissional que é Emanuel Costa (foto) e que durante muito tempo foi o corpo e a alma da Lei Seca? Sinceramente, espero ansioso por suas idéias, por suas palavras e pelo seu trabalho digno e sério.
ABRAÇOS IMPRESSOS

Ironicamente, Dinho Lopes, o diretor da Liga Carnavalesca está de máscara na foto, mas foi obrigado, como todos nós, a deixar cair a máscara momesca neste carnaval. Meus abraços, amigo e a certeza de que nosso carnaval vai voltar a brilhar.