Estou falando de voltar no tempo e no espaço e sentir um outro tipo de isolamento. Sentir-se só, sem democracia, sem palavra livre, censurado, oprimido, espremido, tendo que medir pensamentos, palavras e obras.
Estou falando de um tempo passado, já passado a limpo e que alguns teimam em fazer voltar. E não são nem os protagonistas e nem os herdeiros daquele tempo que o desejam, mas alguns que ainda não entenderam que o futuro só se constrói com uma democracia plena, com os direitos individuais preservados, com a constituição debaixo do braço fazendo-se valer em cada ato da sociedade.
Fico triste ao ver um presidente eleito majoritariamente pelo povo, com todas as armas democráticas na mão estimular a reedição de “atos” de força e escancaradamente se colocar em apoio a manifestações que por aí buscam caminhos.
Fico triste ao ver que com toda a pujança da lei, com todas as possibilidades que a Carta Magna de 1988 nos deu ainda vejamos cidadãos a pensar em alternativas fora dela.
Que pena! Não mais “que pena” posso dizer. Porque, apesar de saber que tem quem queira não é isso que desejo de volta ao meu país.