Geraldo Câmara
Quem és tu que me cobres de lembranças,
Que me faz recordar meus tempos de criança
Eu brincando inocentemente com a vida ?
Quem és tu, doce e bendita memória,
Acumuladora da história e da estória
Arquivo vivo de uma era enternecida?
Quem és tu também que crescestes comigo
A me lembrar que existe o prêmio e o castigo
E que andam juntos o ódio e o amor?
E se o primeiro não lhe habita o coração
Deixe que o amor o invada com emoção
Sem escrúpulos, alma aberta, sem temor.
Então com licença, vou me livrar da escória,
Tentar deixar o bem que um dia eu possuí
Afastando de vez desta memória
O mal que certamente eu já vivi.
(Maceió, 26-01-2020 – 8:20 AM)