E, sinceramente, não é uma questão de semântica, nem de rejeição à idade que Deus tem me dado e acrescido a cada dia que passa. Ser velho é aceitar um “status quo” que a sociedade lhe impõe e cronologicamente o coloca à margem de uma outra etariedade que se diz moça, jovem e absolutamente dona de todas as suas faculdades mentais e produtivas. O ser velho até pode estar enquadrado no que esta geração quer, mas o estar velho é completamente diferente do que se supõe porque coloca o estar em uma posição que não o diferencia, pelo menos mental e intelectualmente de nenhuma outra faixa que se proclame dona da verdade. O estar velho é colocar à disposição de todos uma experiência de vida, de profissionalismo, de maturidade, de equilíbrio nas ações e de neurônios ativos capazes de saírem das citações do passado para uma criatividade nova, evolutiva e com uma plataforma muito mais sólida. Então, o que seria o certo, o correto e muito pouco aplicável entre empresários, dirigentes públicos e muitos outros é a correlação entre as cabeças de diversas idades numa busca de identidade múltipla que estaria pronta a resolver os problemas da iniciativa privada e do país. E aí encontraríamos a fórmula perfeita entre o estar jovem e o estar velho. Mudança de conceito que até desativa o estar velho e reativa o estar vivo e experiente. E, quando estou prestes a completar meus oitenta anos, por exemplo, estou vivo, experiente e sempre pronto e disposto a colaborar com as gerações que me antecedem e com toda a garra mental que Deus me deu.