O Big Brother dos políticos

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Imaginem um “reality show” onde os escolhidos para o confinamento seriam políticos. Melhor ainda, não haveriam escolhidos e os lugares seriam todos os frequentados por eles. Imaginem as câmeras funcionando e o Brasil inteiro ligado nas conversas, nos acordos, nas tramas, nos projetos – dentre eles os bons – que ajudam este país a crescer ou a diminuir dependendo dos interesses. Imaginem, bastando ligar as TVs, sabermos imediatamente que estaria havendo um plano para um grande mensalão ou que este ou aquele projeto, para ser aprovado, prometia mundos e fundos a altos e baixos cleros. Imaginem as conversas de bastidores nos restaurantes mais “chics” ou nos botecos mais simples dos interiores, onde prefeitos negociam emendas e outras coisas mais, dentre elas os superfaturamentos e as mutretas licitatórias. Imaginem um “reality” em que pudéssemos ver com clareza as boas notas de real ou de dólar passando de mãos em mãos e os fiéis portadores treinados por circenses especializados em fazerem as ditas cujas sumirem pelas cuecas. Mas o país perderia a graça se fosse ao ar tal programa. O que iria fazer a Polícia Federal? O que iria fazer a Lava Jato? O que iriam fazer os “experts” em inteligência, os que, quando querem, chegam ao fundo do poço? E aí, sim, restaria ao país promover uma enorme reforma política, uma revolução de métodos e sistemas e uma enorme confiança numa nova geração que vem aí. Mas, não se preocupem os atores em questão porque, certamente, não haverá nenhum “Big Brother dos Políticos”.

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