E AGORA, JOSÉ?
Na realidade ninguém mais se entende desde que o Mandetta deixou o Ministério da Saúde. Acabaram praticamente as coletivas de imprensa e o novo ministro só faz dizer que está observando o andamento das coisas para ver que providências haverá de tomar. Em contrapartida, o Sr. Coron está sabendo o que faz e cumprindo sua missão devastadora fazendo crescer em todos os cantos do Brasil a sua presença indesejável e mortal. O ministro vai em frente andando pra trás, os outros ministros ficam fazendo papéis de bonecos para uma plateia que já está sem entender nada e o diretor do espetáculo dando seus passeios e soltando suas piadas maléficas pensando que está agradando a população. O que nos parece é que, no país, com exceção dos médicos e de todos os envolvidos em saúde, a irresponsabilidade está grassando inclusive no seio da população que teima em não cumprir as metas de isolamento, decididamente a melhor forma para evitar a contaminação. E como se não bastasse ainda existem as outras brigas palacianas com o presidente fazendo questão de afirmar e reafirmar que é o dono da caneta e do poder desafiando a tudo e a todos. Onde vamos parar, ninguém sabe. Só perguntando: E agora, José?
DESTACÔMETRO
O destaque vai para ela, Vanessa Câmara que aniversariou no último 20 e apagou velinhas em plena quarentena somente comigo e com nosso caçula, João Marcelo. Uma festa e tanto!
PÍLULAS DO OUVIDOR
No momento que escrevíamos esta coluna ouvíamos o agora ex-ministro Sérgio Moro em entrevista coletiva informando do seu pedido de demissão e abrindo o verbo contando inclusive suas conversas com o presidente Bolsonaro.
Acho que acabam de brincar com um cidadão sério, um ministro que deixou uma carreira de vinte e três anos na magistratura para atender a um apelo, até popular, aceitando ficar à frente do importante Ministério da Justiça.
Seu pedido de demissão na última sexta-feira me pareceu absolutamente coerente com os seus princípios, os de um homem que não aceita mudança de palavra com quem quer que seja. E, por isto, detectou e não negou essa falta de palavra do presidente.
O que vai acontecer agora, em plena pandemia que já é uma enorme crise? Claro que crise institucional está a caminho e a demissão de Sérgio Moro pode ser insufladora para que essa crise seja ainda maior.
A denúncia pelo próprio Moro de que o presidente queria um delegado da Polícia Federal mais perto dele e a possibilidade de que ele, presidente, pudesse com tranquilidade consultar delegado e superintendentes é imoral.
Vamos ver quem será e como será o novo ministro que possivelmente seja mais um militar. Não tenho nada contra, mas percebe-se que os militares estão todos no ambiente do Planalto.
O que se apreende da crise que derrubou o Ministro da Justiça é que os métodos apregoados em campanha presidencial em 2018 já começam a mudar e mostrar que estar no poder muda os mesmo métodos e pessoas. Vamos ver no que vai dar!
E aí, aguardei as cinco horas da tarde para ouvir o patético presidente do Brasil querendo mudar todo um processo, sair de bonzinho e acusar o probo, agora ex-ministro de desleal com ele e com o país
Pelo andar da carruagem acho que vem muito mais por aí. E se eu quisesse dar uma de pitonisa diria que a crise ministerial vai chegar pertinho do Paulo Guedes que vai bater de frente com o Braga Neto e por aí vai. Esperem!
Maria Helena Russo Lessa (foto), presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Uma batalhadora pelas causas sociais e por onde passou – Soprobem e Cruz Vermelha – só plantou o bem.
ABRAÇOS IMPRESSOS
Os abraços impressos vão para outra figura feminina de enorme destaque e grande competência por anda. Ana Dayse (foto) foi reitora da UFAL e desde o princípio da administração Rui é a Secretária de Educação de Maceió. Uma força!