O gigante acordou, levantou do berço esplêndido, fez um balanço e parou. Incoerentemente quando param os caminhões para o Brasil. Porque ninguém anda, os carros deixam de ter combustíveis, os mercados não têm mercadorias, as pessoas se igualam e pobres e ricos não terão suas comidas. Em compensação todas as atenções convergem para o lugar comum da insanidade que tomou conta da nação e que, com corrupção ou sem corrupção deixa à mostra também a enorme incompetência dos seus dirigentes. Ao mesmo tempo demonstra que o povo não sabe, mas manda. Não compactuamos de soluções temporárias e que não trazem nada de positivo ou de definitivo e os acordos que o Planalto tenta fazer com os caminhoneiros e nada é a mesma coisa. O fato é que essa greve fantástica mostrou a fragilidade total dos “planejadores” do governo que seguem regras ultrapassadas e talvez não acreditem nas revoluções do povo. Revoltas pacíficas como a dos caminhoneiros mas que são profundamente positivas no sentido de mostrar que o Brasil não é só deles, governantes desavisados. É nosso e muito nosso. Achamos que uma greve como essa acaba por representar toda a sociedade que grita sem gritar com os extorsivos preços dos combustíveis e que acabam por gerar despesas e aumentos de maneira espiral estendendo-se por todos os setores da economia. Se o caminho para acordar o país foi este, que o seja. Com prudência, mas com firmeza. Quem sabe, chegamos lá?
DESTACÔMETRO
O destaque vai para o professor de publicidade da UFAL e, óbvio um senhor publicitário há muitos anos atuando em Alagoas. Luiz Dantas é um bom caráter que eu tenho o prazer de nutrir como meu amigo.
PÍLULAS DO OUVIDOR
O presidente Temer deu uma de resoluto colocou as tropas nas ruas e nas estradas para desbloqueá-las, principalmente no que diz respeito a combustíveis, gêneros de primeira necessidade e remédios. Uma ação necessária.
Tinha que fazer isto mesmo. No entanto, consideremos que as coisas não foram muito respeitadas e que as ações de greve e bloqueio ainda continuam com muitos caminhoneiros – ou serão as empresas? – em total desrespeito às ordens.
O fato é que, vamos e venhamos, essa greve assustou a gregos e troianos e mostrou como é fácil desestabilizar o país e pará-lo mesmo. Fragilidade em todos os sentidos das operações governamentais e das relações de negociações.
Por outro lado e que saudade de Juscelino Kubistchek vemos que o Brasil não quis, não soube ou não se interessou em investir em ferrovias e hidrovias, o que daria uma enorme importância à logística e colocaria em segundo plano as rodovias.
Um país de imensas extensões territoriais que não poderia utilizar suas rodovias para todo o sistema de transportes envolvendo cargas e passageiros e provocando deterioração permanente de suas estradas.
Quando falo com saudades do ex-presidente Juscelino, construtor de Brasília e responsável pela marcha para o oeste é porque, se tivesse sido eleito pela segunda vez em 1965, seu projeto era exatamente voltado para ferrovias e hidrovias.
Segundo o IBGE existem cerca de 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil, o equivalente a 23,9% da população brasileira. Em Alagoas, o número de pessoas com deficiência é de 850 mil, 28,3% da população do Estado.
No entanto, os projetos que visem a mobilidade dessas pessoas são sempre relegados a um segundo plano como se elas não fizessem parte da população ou da sociedade.
Alunos da UNIT e do IFAL estão trabalhando em um estudo profundo sobre esses problemas e pretendem apresentar às autoridades soluções de mobilidade urbana que tenham a capacidade de mudar o panorama no estado de Alagoas.
O amigo Mozart Cintra (foto), irreverência em pessoa, deu uma excelente entrevista no Bartpapo e sem papas na língua, deitou falação sobre vários assuntos, incluindo os políticos. Vale a pena constatar esta semana na TV Mar.
ABRAÇOS IMPRESSOS
Os abraços vão para o cantor “alabaiano”, Igbonan Rocha (foto) com 30 anos de Maceió. Está no Rio de Janeiro participando de um tributo à Dona Ivone Lara. E, no dia 30 está completando mais um ano em sua vida. Parabéns, amigo.