Talvez porque tenha nascido em ambiente político com um pai atuante diante de governos, lembro-me bem da figura de Getúlio, falando no Dia do Trabalho, direto do Campo do Vasco e reforçando a constante abertura de seus discursos com um empolgante “brasileiros e brasileiras”. Depois, o seu segundo governo, cinco anos após ter sido deposto e trazido de volta nos braços e nos votos do povo. A crise que assolou seu governo, seu suicídio ainda estão na minha mente. Depois, períodos de tranquilidade e também de revoltas, mas com um Juscelino fazendo o seu governo de cinquenta anos em cinco. Um estadista! Chega Jânio Quadros, que figura! Também querendo, depois de uma inesperada renúncia, voltar nos braços do povo acabou por ficar chorando dentro de um avião em Cumbica. E aí chegou a vez de João Goulart que com a renúncia teria que assumir a presidência, já que era vice-presidente. Mas foi duro, difícil e conseguiu negociando um período de parlamentarismo histórico neste país. E, então, taxado de comunista, o que não era, foi deposto pelos militares que ocuparam o país por vinte anos em total regime exceção. Aí o país volta ao presidencialismo que, com a morte de Tancredo dá vez a Sarney que preside eleições e o povo elege Collor, retirado do Planalto por um “impeachement” até hoje discutível. Entra Itamar Franco, na sucessão o Fernando Henrique Cardoso e finalmente, depois de muito tentar Lula assume o governo do Brasil por dois períodos consecutivos. Elege sua sucessora, Dilma Roussef que também sofre “impeachement”, entra o Temer e o resto vocês sabem. Lula preso, as instituições abaladas e o Brasil, sem dúvida alguma, com grandes dúvidas quanto ao seu futuro. Hora de escrevê-lo e de resgatar os nosso valores.
DESTACÔMETRO
O destaque da semana vai para Adriana Vasconcellos Coutinho, diretora institucional da ABIH e diretora do Maceió Mar Hotel pelo belíssimo trabalho que executa nas duas organizações.
PÍLULAS DO OUVIDOR
Esqueçam lados e lados. Esqueçam paixões políticas, dedos apontados e outras coisas mais. Situemo-nos como brasileiros expostos ao mundo inteiro como um país que prendeu seu ex-presidente. É lamentável e, na verdade, muito triste mesmo.
No entanto, vejam que os exemplos são absolutamente necessários para que a democracia exerça o seu papel com amplitude e com decência. É preciso rechaçar o errado e punir ainda que dolorido.
Precisamos lutar para que não aconteça o extremismo, paixões levadas ao máximo e o desrespeito às instituições e às pessoas que delas fazem parte. Preservados todos os direitos de defesa o povo não pode querer justiçar por sua conta.
Nem mártires nem carrascos. O Brasil não precisa disto. Não se pode transformar em mártires e em carrascos, os acusados e os acusadores. Uns atacam outros defendem suas idéias, mas sempre dentro do plano legal. Democracia, gente!
Aguardemos os próximos capítulos que sem dúvida virão. Os desdobramentos no caso Lula ainda estão por acontecer com os mais diferentes e argutos recursos possíveis no judiciário brasileiro. É aguarda com serenidade.
Importante que os brasileiros não tomem o assunto em questão como pindimbas pessoais para que nos bares, nos restaurantes, em suas casas, não transformem debates naturais em brigas irresponsáveis.
O último sábado, 7, foi também o derradeiro dia para filiações, mudanças de partido e de endereço para os que desejam se candidatar nas próximas eleições a qualquer cargo. Também foi o último dia para desincompatibilizações.
E com isto, a troca de ministros no Planalto e a de Secretários nos estados foi flagrante. Aqui em Alagoas, muitos deixaram seus cargos para se candidatarem em outubro. Agora é vez do povo tentar saber escolher. Tentar já é um passo.
Falar em mudanças vai daqui o meu especial abraço a Rogério Pinheiro, ex-Reitor da Ufal e escolhido pelo governador para secretário de Ciência e Tecnologia substituindo Régis Cavalcanti que vai tentar um lugar na Assembléia.
O Museu Théo Brandão tem novo diretor que é o Professor de Cenografia da UFAL, José Acioly (foto). Uma figura sensacional que, com apenas um mês de administração está com muitos e bons planos para aquele importante museu.
ABRAÇOS IMPRESSOS
Os abraços impressos vão para o vice-reitor da UNINASSAU, Marcus Gava que está mudando a cara daquele Centro Universitário através de um trabalho profícuo e sobretudo de integração docentes e discentes.