Revolta Canina – por Mendes de Barros

Por mais incrível que possa parecer o senhor Gilmar Mendes,  Ministro do Supremo Tribunal Federal, a mais alta instituição judicial da república, respondendo a uma entrevista televisiva em  tom próprio de caçoada, declarou que “não é o rabo quem balança o cachorro. O cachorro é quem balança o rabo”.

Referia-se o ministro ao fato decorrente de uma decisão  de sua competência concedendo um “habeas corpus” e anulando uma prisão decretada por um juiz de instância inferior, contra acusado de corrupção.

Inaceitando a interferência, o juiz expediu novo mandado de prisão que, outra vez, foi anulado por outro “habeas corpus” do destemido Gilmar.

A manifestação do ministro comparando o rabo do cachorro com o animal propriamente dito leva ao entendimento de que o uiz, por ser de instância inferior, teria menor voluma que o seu ( dele, ministro) o que leva ao entendimento de que o ministro assumiu o lugar do cachorro em consequência do que, sobrou o rabo do cachorro para o juiz.

Com a mais absoluta certeza os caninos não aceitarão a imagem estupidamente grosseira e protestarão com um monumental latido esperand-se seja ouvido pelos que, realmente, sejam ministros do egrégio Supremos Tribunal Federal com as devidas responsabilidades intelectual, profissional e, sobretudo, moral indispensáveis ao exercício das funções definitivas do maior baluarte dos princípios constitucionais democráticos, da estrutura jurídica e, acima de tudo, da dignidade nacional, ultimamente agredida por grande número de integrantes do poder judiciário em todos os níveis de seu procedimento funcional.

Juiz não tem rabo. Quem o tiver que o balance nas esquinas da zona, jamais em audiências judiciais.

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