Não sei quem de nós dois, nessa vida, escolheu quem.
Sei que, se o destino existe, a ele estou dando amém
Desde o dia em que ela me apareceu.
Eu estava adormecido, combalido diante do amor
E no primeiro beijo tomado, sentiu-se logo o furor
De um vulcão que, apagado, reacendeu.
Os mesmos gostos, as mesmas intenções e preferências,
As mesmas atitudes na simplicidade ou na excelência.
No que eu sentia ela não era avessa.
Personalidades à parte, desejos incontidos consentidos,
Tudo levou nossos caminhos para que sempre unidos
Fôssemos eu e minha musa Vanessa.
Nem sempre de poesia se modula a existência de um casal.
Existe um dia a dia e toda uma conjuntura ligados ao material
Mas que nunca abalou nossas convicções.
Por estes anos, nem tanto trocamos mil juras de amor.
Só jura quem já não crê que o amor aumenta com a dor
E nós fizemos um só dos nossos dois corações.